Veneziano passa a impressão de que seu projeto de candidatura a governador é irreversível

POR JOSIVAL PEREIRA

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O ex-prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital do Rego (PMDB), passa a impressão de que não vai desistir de seu projeto de ser candidato a governador. Ele se mantém assertivo nas conversas com seus para seus interlocutores. Existe determinação em suas declarações, em que pese os boatos sobre possível aliança do PMDB com o PSB ou com o PSDB.
Apesar de parecer determinado, Veneziano não esconde o abatimento e o desconforto com os boatos sobre uma possível desistência sua. O PMDB poderia antecipar sua convenção e matar todas as especulações, mas ele está consciente que terá que conviver com os boatos até a homologação oficial de sua candidatura, no fim do mês.

Na avaliação do próprio Veneziano, os boatos que tentam minar sua candidatura têm duas origens: uma seria proveniente da inquietação de alguns deputados do PMDB por causa da redução do número de parlamentares na Câmara e na Assembleia e a outra seria fruto da ação de seus adversários. As duas, em sua opinião, serão vencidas com sua presença na campanha e pela ação do tempo. Pode ser.
Na verdade, existe uma terceira razão, pouco mencionada: os números das pesquisas de intenção de voto. Uma suposta estagnação de seus índices na casa dos 12% sugere uma polarização entre as candidaturas do senador Cássio Cunha Lima (PSDB) e do governador Ricardo Coutinho (PSB), fortalecendo a crença de que não cabem mais do que duas candidaturas a governador na Paraíba.
Neste ponto, Veneziano e os formuladores de sua estratégia política acreditam que, na campanha, há possibilidade de reversão do quadro e de quebra desse mito.
A avaliação interna deve ser a de que a desistência causará muito mais prejuízos à imagem e aos projetos políticos e à história de Veneziano de que a candidatura, não obstante a adversidade do quadro. Desistir passa sempre a ideia de fraqueza. Para a história, melhor entrar na arena e enfrentar os leões.
Além disso, uma renúncia à candidatura desmontaria toda uma operação que envolve o PT nacional e a presidente Dilma Rousseff. Talvez o preço a ser pago seja alto demais para a formalização de alianças que nunca se sabe se serão mantidas no futuro, porque, na Paraíba, os acordos políticos têm sempre a leveza do nada, depois de passadas as eleições para os quais foram convenientes.
Em suma, a situação parece um tanto complicada, mas Veneziano passa a impressão concreta de que seu projeto de candidatura a governador é irreversível.

por Josival Pereira