POR LAERTE CERQUEIRA

O Partido Social Cristão – PSC deve anunciar, no fim desta semana, para onde vai. Foi o que disseram as lideranças. Numa situação, digamos, confortável, tem o poder de escolher o melhor caminho para lutar pela vitória de um deputado federal, Leonardo Gadelha, e o máximo de estaduais. Hoje, são quatro: Vituriano de Abreu, Carlos Batinga, Arnaldo Monteiro e Guilherme Almeida. Talvez, porque não tenha grandes pretensões e conflitos internos, tem bons nomes, pode jogar, estrategicamente, para se fortalecer com uma boa representação nas duas Casas. Mais do que isso é risco desnecessário.

No jogo do PSC, uma aproximação com a candidatura de Ricardo Coutinho (PSB) é possibilidade remota. De fato, um problema a menos. A decisão entre Veneziano (PMDB) e Cássio Cunha Lima (PSB) está condicionada a algumas questões. A primeira delas: uma possível desistência de Veneziano leva, automaticamente, o PSC ao ninho Cunha Lima. Lá, vai buscar montar um chapão para priorizar a competição. Com um bom plantel, num ambiente de disputa justa, pode se sair muito bem.
Caso Vené não recue, pode fortalecer a aliança cambaleante de PMDB-PT.
Apesar dos entendimentos diferenciados dentro da legenda, os políticos mais influentes tem uma afinidade com os peemedebistas. Mas, o deputado Arnaldo Monteiro, um dos “cabeças” do grupo, deixou claro que o que deseja é bom espaço para lutar pelo voto. Nem precisa ser um “céu de brigadeiro”, mas não vai entrar em barca furada e, pelo menos, por enquanto, essa é uma embarcação com água entrando e em mar revolto. Mas, em meio à agitação, a aliança proporcional com PT seria mediana.
Uma outra questão é o julgamento, esta semana, que vai definir o tamanho das bancadas parlamentares em vários estados brasileiros. A Paraíba está prestes a perder seis deputados estaduais e dois federais e isso, segundo Arnaldo Monteiro, será primordial para definir a trilha do partido. O quociente eleitoral depende muito desse julgamento. Sobre a possibilidade do PSC disponibilizar o nome de Leonardo Gadelha para ser o vice de Vené, Arnaldo ressaltou que não é a vontade de integrantes do partido. Apesar de ser uma honra. O que eles não querem é abrir mão de ter um candidato competitivo para Câmara Federal e substituir Gadelha não seria fácil.