O presidente do Sindicato dos Médicos da Paraíba (Simed), Tarcísio Campos, visitou na manhã desta quarta-feira (11) o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena. Na ocasião, ele cobrou a contratação de anestesistas, pois ficou constatado que havia apenas dois médicos especialistas nesta área de plantão. “Um hospital do porte do Trauma não pode funcionar com dois anestesistas de plantão”, observou.
Em decorrência do número insuficiente de anestesistas, as cirurgias eletivas fora canceladas, pois os dois únicos anestesistas estavam atendendo casos de urgência e emergência. Em conversa com a direção do Hospital de Trauma, Tarcísio foi informado que a Cruz Vermelha está buscando fazer contrato com os médicos daqui via CLT.
Esse tipo de contrato, porém, é alvo de divergência com o Tribunal de Contas do Estado. Tarcísio revelou também que os “médicos contratados pela Cruz Vermelha reclamam muito do valor pago”. Tarcísio Campos ressaltou que “a crise está criada”, pois este é um “problema que vem a mais de seis meses se estendendo”. Para ele, esta situação é “consequência da gestão pública ter repassado a administração de um hospital”.
De acordo com o presidente do Simed, a entidade irá emitir ofícios ao Ministério Público, ao Governo do Estado, à Cruz Vermelha e ao Conselho Regional de Medicina para saber quais atitudes que serão tomadas, ate que ocorra alguma tragédia. “a responsabilidade é do governo por não ter tomado as providências necessárias”.