Eduardo Campos vira alvo de críticas após foto em jatinho e culpa assessoria

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O pré-candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB), ex-governador de Pernambuco, reprovou nesta quinta-feira (15) publicação no Facebook pela assessoria do partido de uma foto em que aparece em um jatinho ao lado da mulher e do filho mais novo.
De partida rumo a São Paulo, o político foi criticado nas mídias sociais por deixar Recife no momento em que o estado, governado por Campos por sete anos, enfrenta uma onda de violência gerada pela greve da Polícia Militar.
Ao lado da pré-candidata a vice Marina Silva, o ex-governador participou na tarde desta quinta, em São Paulo, de uma reunião com executivos do Twitter. Participaram do encontro o norte-americano Adam Sharp, diretor de parcerias governamentais do microblog, e Guilherme Ribenboin, diretor-geral da empresa no Brasil.

 

Segundo o Twitter, a conversa foi sobre como usar melhor a plataforma para tratar das ideias da campanha. Segundo uma assessora de Marina, Sharp falou sobre como “alimentar o debate sem entrar em um embate”.

Pela manhã, Campos foi criticado exatamente por usar uma rede social. O pré-candidato atribuiu a publicação da imagem à sua assessoria.

“Eu tinha feito uma foto que era para remeter aos meus filhos que queriam saber do irmão de 3 meses que viajou a São Paulo”, disse Campos.

“Eu nem sabia que tinha sido postado nem saiba que foi retirado. Só vim a saber das duas coisas a um só tempo”, afirmou, acrescentando que sua assessoria removeu a foto depois de se dar conta de que “não era o caso”.

Internautas criticaram Campos porque ele deixou o estado em um momento delicado. A Nesta quinta-feira (15), agentes da Força Nacional de Segurança Pública e militares do Exército assumiram o policiamento de Pernambuco, no segundo dia de greve da Polícia Militar no estado.

Na noite de quarta-feira (14), o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE) declarou a greve abusiva e determinou que os policiais voltassem ao trabalho imediatamente. A cada dia de paralisação, a categoria deverá pagar multa de R$ 100 mil.

“Esse tipo de movimento já aconteceu em vários estados. Tivemos um como esse na Bahia”, afirmou Campos. A Secretaria de Segurança Pública da Bahia registrou 39 homicídios em Salvador e na região metropolitana durante os três dias da paralisação baiana.

Campos pregou o diálogo para que haja acordo entre governo e os PMs de Pernambuco. “O importante agora é sair dessa situação. Construir com diálogo a volta à normalidade para dar segurança à população, que é o que interessa”, afirmou.

Durante a tarde, Campos divulgou nota apoiando a gestão do governador João Lyra e argumentou já haver um reajuste salarial programado para junho. Após a reunião com os executivos do Twitter, o pré-candidato retomou o assunto.

“Eu fui governador por sete anos. Sempre dialogamos com todos os movimentos sociais numa mesa de negociação. Com a própria polícia, tinha uma negociação feita para quatro anos”, declarou. G1