O pré-candidato a presidente pelo PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou nesta segunda-feira (12), durante visita a Feira de Santana, que a Bahia terá “um papel estratégico” na “construção política e programática” da campanha presidencial do partido.
A visita foi a primeira do tucano ao estado depois de ter sido definido oficialmente como pré-candidato do PSDB. Sobre o acordo entre PMDB, PSDB e DEM na Bahia, Aécio disse tratar-se da “mais bem acabada” aliança de oposição do Brasil, que, segundo ele, “faz tremer os nossos adversários”.
“A aliança política feita na Bahia, que indica Paulo Souto como candidato ao governo, Joaci Góes, nosso companheiro do PSDB, como candidato a vice, e Geddel Vieira Lima, como candidato ao Senado, é uma construção que teve um impacto extremamente positivo em todo o Brasil”, declarou o presidenciável tucano.
Dissidente da base governista na Bahia, o ex-deputado federal Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), afirmou que que o atual cenário político evidencia futuras mudanças nas estruturas administrativas nacional e local.
“Eu aprendi, Aécio, que ao longo da minha vida – e olhe que já ganhei e já perdi –, é que eleição é algo que tem cheiro. E o cheiro que sinto de forma muito forte é que, na Bahia e no Brasil, essa eleição tem cheiro de vitória”, disse Geddel ao se referir ao próprio Aécio e ao pré-candidato ao governo da Bahia Paulo Souto (PSDB).
No último dia 8, a ex-senadora Marina Silva, pré-candidata a vice na chapa do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), afirmou que o PSDB “tem cheiro da derrota no segundo turno”, numa eventual disputa contra a presidente Dilma Rousseff (PT). Na ocasião, Aécio reagiu à declaração, dizendo que se especializou em derrotar o PT.
Pesquisas e Petrobras
Aécio Neves adotou cautela ao falar sobre o avanço da pré-candidatura nas últimas pesquisas.
“As pesquisas mostram um determinado momento da campanha eleitoral, que nem começou. Fico feliz de ver que a nossa candidatura foi a que mais cresceu, mas está longe do desfecho. Nós sabemos que aqueles que estão no governo vão usar de todas as armas para continuar no governo”, disse.
Sobre as denúncias que envolvem a Petrobras, ele acusou o governo federal de tentar impedir as investigações.
“Quem não deve não teme. Eu vejo hoje um governo à beira de um ataque de nervos quando se fala da Petrobras. Me surpreende o esforço do governo federal de tentar impedir de todas as maneiras o avanço das investigações”, relatou.
Ainda sobre a Petrobras, o pré-candidato disse que não há interesse político envolvido na empenho da oposição pela CPI da estatal.
“Ao contrário do que as equipes do governo gostam de dizer, esta CPI da Petrobras não tem nada a ver com política. Não fomos nós da oposição que acordamos um belo dia e dissemos: vamos fazer uma CPI da Petrobras para incomodar a presidente? O principal diretor da Petrobras está preso, acusado de crimes gravíssimos”, afirmou.
G1