Na Paraíba: PSDB produz novidades; PT e PMDB patinam; PSB aparenta inércia

Sérgio Botêlho

Nessa fase pré-eleitoral paraibana quem tem produzido o maior número de novidades, nos últimos dais, é o candidato do PSDB, senador Cássio Cunha Lima. A mais nova é a da possível aliança com o PP de Aguinaldo Ribeiro, aliado de Dilma.

Por sinal, Ribeiro procurou rapidamente deixar claro que pretende apoiar a reeleição da presidente Dilma, de quem ficou muito próximo, após ter sido seu ministro nos últimos anos, ocupando a importante Pasta das Cidades.

Aguinaldo julgou o esclarecimento necessário após notícias veiculadas nacionalmente de que o acordo firmado com o PSDB paraibano deveria conduzir o ex-ministro dilmista ao palanque do senador do PSDB, Aécio Neves, na Paraíba. “Não – enfatizou Aguinaldo – eu apoio Dilma”.

Aliás, o próprio Cássio já havia deixado clara essa posição de Aguinaldo – em declaração reproduzida pelo jornalista Ilimar Franco, em sua prestigiada coluna de O Globo (Panorama Político) – admitindo fechar com o PP paraibano, embora os pepistas fossem apoiar Dilma.

Assim, e da mesma forma que vem acontecendo em outros estados, as composições majoritárias locais podem estabelecer vinculações diferentes no plano nacional, revelando que as particularidades locais, não raramente, são mais fortes que as nacionais.

Mas, voltando à união PP-PSDB na Paraíba, Cássio continua produzindo notícia, enquanto PT e PMDB patinam no fechamento do acordo entre as duas siglas, e o governador Ricardo Coutinho segue sem apresentar nenhuma perspectiva de aliança partidária de maior impacto.

Aliás, perseguindo a política que vem adotando desde o início do ano, o governador socialista continua apresentando adesões de prefeitos. O que preocupa, a partir da reversão conseguida por Cássio, no caso da prefeita de Monteiro, comece a revelar a possível fragilidade dessa democracia eleitoral do tipo direta.