A vereadora Raíssa Lacerda (PSD) usou a tribuna da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), durante a sessão ordinária desta quarta-feira (30), para ratificar denúncias de irregularidades na gestão do Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, localizado em João Pessoa. A parlamentar solicitou o cancelamento do contrato realizado entre o Governo da Paraíba e a Organização Social Cruz Vermelha, que administra o Hospital de Trauma.
“Cumpro o dever de informar que o Governo do Estado da Paraíba poderá responder criminalmente pelo escândalo dos super-salários e das mordomias existentes no Hospital de Trauma da Paraíba. A denúncia foi apontada em relatório do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB). Diante desse descaso, defendo o cancelamento imediato do contrato feito com a Cruz Vermelha, que não é uma Organização Não Governamental (Ong), mas uma empresa montada na Paraíba para dilapidar o patrimônio público de nosso Estado”, defendeu a vereadora.
Raíssa Lacerda disse que o procurador Eduardo Varandas Araruna, do Ministério Público do Trabalho (MPT), afirmou que solicitou o relatório da auditoria realizada pelo TCE-PB sobre a gestão pactuada no Hospital de Trauma. De acordo com a vereadora, há dois anos, o procurador já havia detectado irregularidades na administração do Hospital, e o Governo do Estado já tinha ciência da situação através da vistoria técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) e do MPT no mesmo período.
Em aparte, o vereador Fuba (PT) revelou que espera apuração do caso e a punição dos respectivos acusados. Já o vereador Marco Antônio (PPS) comentou: “Essa Organização Social Cruz Vermelha não pode ter lucro e, então, cria uma matemática toda especial com salários milionários para seus prestadores de serviço, além de realizar compras de material que não aparecem no Hospital. São mais de R$ 140 milhões que saem da Paraíba e vão para o Rio de Janeiro, onde está toda a diretoria da Organização”. Com assessoria