QUEM GANHAR VAI PRECISAR DO PMDB

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ILIMAR FRANCO

          PT e PSDB estão travando um duelo à parte nas eleições. Ambos disputam o apoio dos diretórios regionais do PMDB. Este, ao sabor das conveniências locais, vai se dividindo e se declarando à presidente Dilma, ao tucano Aécio Neves e ao socialista Eduardo Campos. Atacado como símbolo do que há de pior na política nacional, quando se aproxima a hora do voto, é reabilitado e se transforma em cobiçada noiva.

A vida como ela é
Independente de quem for eleito para a presidência da República, os políticos veteranos do Congresso antecipam características do próximo governo. O partido do futuro presidente terá, no máximo, um quinto da Câmara (100) e um quarto do Senado (20). O governo será de coalizão. Para que ele tenha um mínimo de estabilidade vai precisar do apoio do partido âncora, o PMDB. Sua base parlamentar será heterogênea. O partido do presidente, como fez o PSDB no governo FH, como agiu o PT na gestão Lula e como se comporta agora na administração Dilma, vai tentar limpar sua imagem às custas de enxovalhar o PMDB. Sustentada em pesquisas, esta é a receita do marketing dos últimos 20 anos.