Eduardo em Campinas: “Se foi possível derrotar a ditadura, porque não acabar com patrimonialismo?”

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“Está na hora de tirar as velhas raposas do poder e extinguir o fisiologismo no Brasil”, defendeu o presidente Nacional do PSB, Eduardo Campos, em discurso na noite desta quarta-feira (16) no ato político-cultural realizado em Campinas (SP), a maior cidade governada pelo partido no interior de São Paulo.

Promovido pelo diretório municipal do PSB, o ato político-cultural reuniu cerca de 400 pessoas na Casa de Portugal de Campinas, entre elas o prefeito da cidade, Jonas Donizette, eleito pelo partido, o presidente estadual do PSB, Deputado Federal Márcio França (SP), prefeitos e lideranças regionais, deputados, vereadores, empresários, intelectuais e militantes socialistas.

Maior cidade de São Paulo governada pelo PSB, Campinas foi escolhida por Eduardo Campos, indicado no último dia 14 o pré-candidato do PSB à Presidência da República, como largada para sua agenda oficial de pré-campanha. O objetivo é percorrer até julho, quando começa a campanha eleitoral oficial, o maior número de cidades-polo em todo o país com mais de 200 mil eleitores. Sempre levando o discurso de mudança na política, base da plataforma PSB-REDE-PPS-PPL.

“A sociedade precisa de um candidato que diga claramente: nós não vamos compactuar com o fisiologismo. Em nosso governo eles serão oposição, afirmou Eduardo. “Se foi possível derrotar a ditadura, porque não é possível acabar com o fisiologismo e o patrimonialismo?”. Ele fez uma retrospectiva dos grandes movimentos e mobilizações populares vividos no país nas últimas décadas, como os inúmeros protestos que derrubaram a ditadura militar, a campanha das Diretas Já e a do impeachment do ex-Presidente Collor. “Faço essa leitura para mostrar o que o povo brasileiro sabe lutar pelo que quer e sabe o momento da mudança. E sabe especialmente que este é um momento de mudança”, ressaltou.

Lembrando que nunca desistiu de uma luta em sua trajetória política, Eduardo Campos assegurou que vai estar à frente deste momento e desta mobilização do país em prol da mudança na política. “Para resgatar a esperança dos brasileiros, porque o povo não agüenta mais ver em Brasília as mesmas velhas raposas da política. Quando eu estiver na Presidência, essas velhas raposas vão estar na oposição, jamais no nosso governo”, afirmou.

Bastante ovacionado pela militância e lideranças socialistas presentes, Campos também foi saudado pelo prefeito Jonas Donizette, do PSB. “Contamos com essa garra e também com o viés inconfundível da personalidade do Eduardo, que acolhe e ouve qualquer um com a mesma vontade, não importa quem seja”, testemunhou.

Campos destacou também que esse é apenas o início da luta, da caminhada para a Presidência da República. Lembrando que, em sua primeira candidatura ao governo de Pernambuco – do qual se desincompatibilizou no último dia 04 –, começou com apenas 4% das intenções de voto na pesquisa, elegeu-se, reelegeu-se e encerrou o segundo mandato com quase 90% de aprovação popular. “Vamos fazer uma campanha limpa e de propostas para o país, uma campanha com respeito ao eleitor e aos adversários, uma campanha de não agressão, mas de ideias, na qual vamos discutir um programa para o futuro do Brasil”, assegurou. “E que ninguém nos subestime, porque sou um homem aguerrido e que tem foco”.

Agenda nacional –No dia 22, segundo o líder do PSB na Câmara, Deputado Federal Beto Albuquerque (RS), que é um dos coordenadores de campanha do partido, Eduardo Campos irá à Região Sul, para atos políticos em Florianópolis e Chapecó (SC) e em seguida em algumas cidades do Paraná.

No dia 26 será a vez de Manaus, onde o pré-candidato socialista participa do 4º Seminário Regional Programático, por meio do qual vem debatendo o programa de governo da aliança PSB-REDE-PPS-PPL com a população de todas as cinco regiões do país. O 5º e último seminário da série deve ser realizado em Brasília, possivelmente em 17 de maio. “Nossa meta é tentar até junho percorrer as 150 maiores cidades em todos os estados, ora só com Eduardo, ora só com Marina, ou com os dois, quando possível”, informou Beto Albuquerque. “O objetivo é abrir uma abordagem e uma interação com a comunidade regional, porque uma agenda só de capital não leva a mensagem para o interior, para as cidades-polo”.

Nessa linha, Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral brasileiro, atrás apenas de São Paulo, também deve ser visitada por Eduardo Campos. “Depois de concluirmos os encontros regionais que estão faltando na Região Norte e Centro-Oeste, a gente vai colocar o Eduardo na estrada. Já estamos trabalhando algumas agendas em Minas, principalmente no interior do estado”, adiantou o deputado Júlio Delgado (MG), presidente estadual do PSB. A previsão é que Eduardo Campos compareça no dia 03 de maio à Expozebu, uma das maiores feiras agropecuárias da região, realizada em Uberaba, no Triângulo Mineiro. E que participe de reunião com integrantes da legenda em Uberlândia, no dia 03, e em Belo Horizonte, no dia 05. PSB