Por Sérgio Botêlho
PSDB e PMDB parecem indispostos a demorar mais na composição de suas chapas. O curioso é que a demora de um beneficia o outro. Ambos buscam composição com o PTB de Wilson Santiago, e, quem vacilar, se prejudica na possível aliança.
No caso do PSDB, trata-se de fazer com que o senador Cícero Lucena desista de se candidatar à reeleição. Para que a manobra seja menos doída, até o deputado federal Ruy Carneiro anunciou sua desistência de concorrer à reeleição.
Com o afastamento, abre-se a possibilidade de deslocar Cícero para a vaga aberta por Ruy, o que aumenta bastante a chance de o atual senador tucano se eleger deputado federal, numa disputa que se prenuncia como muito difícil.
Sem esperar pelo fim das negociações, sobre Cícero, no interior do PSDB, que deve ser encaminhada para o âmbito da Nacional da sigla, Cássio já anuncia que Santiago pode mesmo ser o candidato ao Senado pela coligação que vai comandar.
O PSDB pode estar sendo mais ágil do que o PMDB, que ficou dependendo muito tempo da decisão do PT, ainda não resolvida. No último sábado, 12, os petistas decidiram que ainda pretendem conversar com outras legendas antes de fechar com o PMDB.
Acossado pelo tempo, Vital já decidiu que não vai esperar mais pelo PT, cuja legenda na Paraíba parece não concordar em termos de agilidade com o que teria sido definido pela direção nacional do partido, com relação ao PMDB.
A decisão do PT paraibano, raciocinam alguns peemedebistas, pode acabar auxiliando os movimentos do PSDB de Cássio rumo à aliança com o PTB de Santiago, fechando a majoritária na vaga do Senado.
No que depender de Wilson Santiago, ao menos pelo que declarou recentemente à imprensa, sua tendência é mesmo de fechar com Cássio, o que fortalece a candidatura do tucano. E, ainda, a de seu correligionário Aécio Neves, à Presidência da República, na Paraíba.
