O advogado do Auto Esporte, José Caetano de Oliveira, prometeu, durante entrevista ao Polêmica Paraíba, que irá ajuizar mais uma ação contra a presidente da Federação Paraibana de Futebol, Rosilene Gomes. A nova ação pretende investigar a prestação de contas da Federação.
O advogado revelou nepotismo para manter a presidente no poder: “Demos entrada a dois processos, mas a presidente ficou procrastinando. E finalmente foi julgado com o resultado que a gente viu na imprensa. Mas o pior é a ação que vamos ajuizar sobre a prestação de contas da Federação Paraibana de Futebol dos últimos dez anos. Porque eu tenho em mão a ata da ultima eleição e o que vemos aqui é a família toda beneficiada. Gente que é funcionário da Federação e também como presidente de clubes amadores, ou seja, ele vota na permanência da presidente e vota pela aprovação das contas, porque não vai votar contra a patroa”, acusou.
Contra a possibilidade de “golpe”, levantada pela presidente, José Caetano replicou: “Nepotismo onde funcionários, compadres e filhos são os representantes de clubes amadores e ligas, aí vem dizer que o Auto Esporte quer dar um golpe?”.
O advogado espera que justiça agilize processos, tendo em vista que as primeiras denúncias contra a presidente foram feitas em 2012: “Entrei com ação de análise de documentos em 2012, ela recorreu e vem procrastinando. Porque desse jeito ela não vai sair nunca, fica um orçamento doméstico”.
O caso
Na tarde de quinta-feira (8), a juíza da 8ª Vara Cívil, Renata Câmara, afastou Rosilene Gomes da presidência da FPF por causa de irregularidades nas eleições de 2010.
De acordo com procurador do Estado, Ariano Wanderley, a suposta fraude foi denunciada pela diretoria do Auto Esporte, que pediu a anulação do pleito. A solicitação foi acatada pela Justiça paraibana e novas eleições devem ser realizadas em breve.
Ariano disse que Rosilene pediu recurso na Justiça, para invalidar a liminar que a retirou do cargo que ela está à frente há mais de 20 anos, mas, conforme Wanderley, o agravo não foi analisado pela corte do Tribunal de Justiça e, por falta de documentos comprobatórios, o recurso retornou às mãos da juíza Renata Câmara.
O advogado de Rosilene, Edísio Souto disse que o despacho da juíza Renata foi equivocado e que Rosilene Gomes está sendo vítima de um “golpe”.
Polêmica Paraíba