Em terceiro lugar nas pesquisas de intenções de votos, o ex-governador de Pernambuco, o presidenciável Eduardo Campos (PSB), disse que o movimento em favor da volta do ex-presidente Lula à presidência da República poderá prejudicar ainda mais a imagem da atual gestora, a presidente Dilma Rousseff (PT), já que as articulações estariam sendo feitas por integrantes da base governista e do próprio PT. No último sábado, o Instituto Datafolha divulgou uma pesquisa onde Dilma aparece com 38% das intenções de voto, seis pontos a menos que o levantamento divulgado em fevereiro.
“(O volta Lula) é uma confirmação da base aliada ao governo de que ela (Dilma) iria entregar crescimento, mas entregou inflação. As duas marcas que tinha estão afetadas, a de ser eficiente na gestão e de que faria uma faxina moral no governo”, afirmou o presidenciável, em entrevista ao colunista Fernando Rodrigues, da Folha de S.Paulo.
Para Eduardo, além do desgaste à imagem da presidente Dilma, o movimento “volta Lula” ajuda ainda mais na comparação entre os os petistas. O ex-governador, que tem uma ótima relação com Lula, continua com a estratégia de preservar a gestão do ex-presidente e atacar o governo de Dilma. Em relação à pesquisa anterior do Datafolha, o socialista só cresceu um ponto. Em fevereiro, tinha 9% e passou para 10%. Já o presidenciável cio Neves (PSDB) continua com o mesmo percentual identificado no levantamento anterior, de 16%.
Sem a presença constante do ex-governador Eduardo Campos nos atos de campanha, o pré-candidato Paulo Câmara deverá traçar, ainda esta semana, os principais roteiros da sua postulação. Amanhã, Câmara será o anfitrião de um almoço por adesão promovido pelos fazendários estaduais no restaurante Boi e Brasa. O evento já é tradicional. O ex-governador Eduardo Campos e o prefeito Geraldo Julio (PSB) já participaram de atos semelhantes.
Ontem, ele se encontrou com o grupo que dá sustentação a sua postulação, mas somente no final da semana é que as agendas externas deverão ser finalizadas.