PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS: Praça General João Neiva, em Jaguaribe - Por Sérgio Botelho

Para se falar no general (com honras de Marechal) João Soares Neiva, há que se dizer de seus dois irmãos

Para se falar no general (com honras de Marechal) João Soares Neiva, há que se dizer de seus dois irmãos, o também militar, general Tude Soares Neiva (que chegou a governar a Bahia), e o magistrado Venâncio Augusto de Magalhães Neiva, todos nascidos na cidade de Parahyba (atual João Pessoa) e com influência na política estadual e nacional entre o fim do Império e o início da República.

A principal relevância exercida pelos irmãos, sobre a história paraibana, aconteceu no limiar da República, quando, pela influência dos dois generais, junto ao novo poder nacional republicano, o caçula dos irmãos, o magistrado já referido, foi nomeado governador da Paraíba, sendo o primeiro, do estado, na chamada Primeira República.

Até já falamos sobre Venâncio ao abordarmos a praça, uma das principais da cidade, que leva o seu nome, ao lado do antigo Palácio do Governo e do Tribunal de Justiça do Estado, onde se localiza o famoso Pavilhão do Chá.

Tude não teve seu nome perpetuado na urbe pessoense, diferentemente, portanto, de Venâncio, no citado rossio do Centro, e de João Neiva, em movimentada praça do bairro de Jaguaribe, entre as Trincheiras e a Vasco da Gama, de frente para o Centro Administrativo, dando início à avenida 12 de Outubro, no rumo da Mata do Buraquinho.

O general João Neiva, nascido em 1839, o terceiro dos filhos de Frederico Augusto de Magalhães Neiva e Maria Josefa Cirne Neiva (de 1838, Tude era o segundo), chegou a lutar, ainda na condição de alferes, no lusco-fusco da Guerra do Paraguai, sendo promovido a tenente logo depois de terminado o conflito.

Além disso, teve destacado papel na política paraibana, sendo eleito senador da República, ainda durante o Império, mas defendendo a bandeira republicana, e deputado federal já na República, ambos os cargos eletivos exercidos na condição de representantes da Paraíba.

Portanto, o nome do general Neiva, entre os logradouros da urbe pessoense, acaba sendo um tributo de dupla reverência, no caso, como representante político da Paraíba, no Império e na República, e de participante da Guerra do Paraguai.

A foto é da praça abordada.

Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba