Dívida de 2 bilhões

Decisão judicial determina que processo de recuperação judicial da Coteminas vai tramitar em Belo Horizonte

Credores solicitaram ao judiciário que o processo seguisse em São Paulo, o que foi negado na última sexta-feira

Decisão judicial determina que processo de recuperação judicial da Coteminas vai tramitar em Belo Horizonte

Em uma sentença emitida na última sexta-feira, (14), o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decidiu que o processo de recuperação judicial (RJ) do Grupo Coteminas será conduzido na 2ª Vara Empresarial de Belo Horizonte. Essa decisão foi tomada depois que empresas credoras pediram que o caso fosse avaliado em São Paulo, devido a um processo de falência que já foi encerrado contra o grupo no estado paulista.

Na solicitação de recuperação judicial, o Coteminas revelou uma dívida de R$ 2 bilhões. O despacho, emitido pelo juiz Adilon Cláver de Resende, justifica a análise do caso em Belo Horizonte devido à predominância do faturamento do grupo em Minas Gerais. A maioria dos credores também está no estado e é considerada hipossuficiente – como trabalhadores e microempresas e empresas de pequeno porte. 

Além disso, o magistrado destacou a significativa quantidade de funcionários do grupo operando em solo mineiro. Adicionalmente, nove das dez empresas que compõem o Grupo Coteminas têm suas sedes estatutárias no estado, com quatro em Belo Horizonte, quatro em Montes Claros e uma em São Paulo.

O Grupo Coteminas foi contatado pela reportagem, mas não forneceu retorno até a data de publicação. Uma fonte ligada ao caso explicou que a lista de credores está passando por ajustes, e um perito foi designado para avaliar as condições de funcionamento das empresas do grupo. O documento deve apresentar o número de funcionários, faturamento, rotina e maquinário disponível nas instalações e, posteriormente, será apresentado ao magistrado para avaliação. 

Somente após essa etapa a Justiça decidirá se aprova ou não o pedido de recuperação judicial. Todo o processo está sendo conduzido pelos escritórios de advocacia TWK e Bernardo Bicalho Advogados, especializados nesse tipo de questão.